''Fazer um filme sem cenas fortes seria um grande erro'', diz Deborah Secco sobre "Bruna Surfistinha"
ALYSSON OLIVEIRA
Especial para o UOL, do Cineweb
Para quem esperava ver cenas de sexo em “Bruna Surfistinha”, a notícia é boa: o filme pode não ter imagens explícitas, mas não tem medo de mostrar a sensualidade em torno da profissão da protagonista, uma garota de programa.
Deborah Secco interpreta garota de programa em "Bruna Surfistinha" |
A poucos dias da data de lançamento, marcada para esta sexta (25), a produção ganhou uma sessão fechada, seguida de uma coletiva de imprensa em São Paulo com a presença do diretor Marcus Baldini e dos atores Deborah Secco, Fabiula Nascimento, Cris Lago, Guta Ruiz e Cássio Gabus Mendes.
“Não tive problemas em fazer cenas de sexo, por que cada uma tem importância para mostrar o momento da Bruna”, comentou Secco. “Meu receio é que ficassem leve demais, quase uma apologia à prostituição ou parecendo um conto de fadas. Fazer um filme sem cenas fortes seria um grande erro”.Como atriz, percebeu que o papel de Raquel, uma garota de classe média que decide virar garota de programa, seria um desafio antes mesmo de ser escalada. E tentou convencer o diretor de que seria uma opção confiável como protagonista.
Já a atriz conta que quando soube que ele pensava assim, disse: ‘eu quero trabalhar com esse cara’. “Chegou um convite para eu ler o roteiro, mas nunca me mandaram. Tempos depois, quando soube da resistência do Baldini, que ele tinha medo de estar usando a sensualidade da Deborah para vender o filme, eu fiquei feliz. É com ele que tenho que trabalhar. Ele quer a Deborah Secco atriz”.
As outras companheiras de cena, colegas de trabalho de Bruna Surfistinha, também concordam, ele sabe como extrair uma boa interpretação. “Baldini é um diretor de ator. Isso é muito precioso, ele sabe o que quer. Algo até raro num estreante”, explica Cris, que interpreta Gabi, garota de programa que se torna melhor amiga da protagonista.
Já Guta confessa que quando soube do filme teve um pouco de preconceito “Fazer esse filme para quê? Eu pensava isso. Agora vejo quanto pode ser interessante”, explica a atriz. Fabiula, por outro lado, disse que sempre quis estar no filme. “Não tenho nada a perder. Sou uma atriz e pronto.”
A arte imita a vida?
“Nunca quisemos fazer uma biografia. É um filme de ficção baseado numa história real”, explica Baldini, que conheceu o livro, “O Doce Veneno do Escorpião”, antes mesmo de ser publicado. “Sou amigo do [Jorge] Tarquini, que escreveu o livro. Ele me mandou, e li no computador mesmo. Achei uma tremenda história: uma menina tentando se encontrar”.
Ele conta que para adaptar a obra precisou fazer algumas mudanças. “Foquei em fazer um roteiro coerente com a trajetória emocional, as dores e epifanias da personagem”.
A verdadeira Bruna Surfistinha, Raquel Pacheco, faz uma pequena participação no filme, como hostess de um restaurante. “Foi uma espécie de agradecimento e homenagem a ela. Ela cedeu a sua história de vida para nós”, conta Deborah, que, antes de começar a rodar “Bruna Surfistinha” teve pouco contato com a garota real.
Trailer do filme que estreia sexta-feira 25/02/11
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