segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Percepção de solidão





Uma mulher entra no cinema, sozinha. Acomoda-se na última fila. Desliga o celular e espera o início do filme. Enquanto isso, outra mulher entra na mesma sala e se acomoda na quinta fila, sozinha também. O filme começa.

Charada: qual das duas está mais sozinha?

Só uma delas está realmente sozinha: a que não tem um amor, a que não está com a vida preenchida de afetos. Já a outra foi ao cinema sozinha, mas não está só, mesmo numa situação idêntica a da outra mulher. Ela tem uma família, ela tem alguém, ela tem um álibi.

Muitas mulheres já viveram isso - e homens também. Você viaja sozinha, almoça sozinha em restaurantes, mas não se sente só porque é apenas uma contingência do momento - há alguém a sua espera em casa. Esta retaguarda alivia a sensação de solidão. Você está sozinha, não é sozinha.

Então de repente você perde seu amor e sua sensação de solidão muda completamente. Você pode continuar fazendo tudo o que fazia antes - sozinha - mas agora a solidão pesará como nunca pesou. Agora ela não é mais uma opção, é um fardo.

Isso não é nenhuma raridade, acontece às pencas. Nossa percepção de solidão infelizmente ainda depende do nosso status social. Se você tem alguém, você encara a vida sem preconceitos, você expõe-se sem se preocupar com o que pensam os outros, você lida com sua solidão com maturidade e bom humor. No entanto, se você carrega o estigma de solitária, sua solidão triplicará de tamanho, ela não será algo fácil de levar, como uma bolsa. Ela será uma cruz de chumbo. É como se todos pudessem enxergar as ausências que você carrega, como se todos apontassem em sua direção: ela está sozinha no cinema por falta de companhia! Por que ninguém aponta para a outra, que está igualmente sozinha?

Porque ninguém está, de fato, apontando para nenhuma das duas. Quem aponta somos nós mesmos, para nosso próprio umbigo. Somos nós que nos cobramos, somos nós que nos julgamos. Ninguém está sozinho quando curte a própria companhia, porém somos reféns das convenções, e quando estamos sós, nossa solidão parece piscar uma luz vermelha chamando a atenção de todos. Relaxe. A solidão é invisível. Só é percebida por dentro.




Martha Medeiros

Se Roubarem Seu Celular, SACANEIE O LADRÃO!

 

É só comprar um novo chip por um preço médio de R$ 30,00 em uma operadora e o instalar no aparelho roubado. Com isso, está generalizado o roubo de aparelhos celulares.

Segue então uma informação útil que os comerciantes de celulares não divulgam. Uma espécie de vingança para quando roubarem celulares.
Para obter o número de série - IMEI do seu telefone celular (GSM), digitem:

*#06#

Aparecerá no visor um código de algarismos.
Este código é único!!!
Escrevam-no em algum lugar e conservem-no com cuidado!!!

Se roubarem seu celular, registre a ocorrência na delegacia de polícia mais perto da sua casa, em alguns estados, a polícia civil já oferece este serviço pela internet. Com o número da ocorrência fornecido pela delegacia de polícia e com o número de IMEI do telefone roubado, telefone para sua operadora e solicite o bloqueio daquele aparelho.

O seu telefone, roubado, será completamente bloqueado, mesmo que o ladrão mude o 'Chip'.

Provavelmente você não recupere o aparelho, mas quem quer que o tenha roubado não poderá mais utilizá-lo.

Se todos tomarem esta precaução, imagine, o roubo de celulares se tornará inútil. E nas cadeias terão um monte de celulares inuteis!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Entenda a ocupação feita por alunos em prédios da USP

Alunos ocuparam prédios da FFLCH e da reitoria após briga com a PM.
Eles pedem saída da polícia do campus e revisão dos processos. 

 

Quem participa da manifestação?

Inicialmente, alguns estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e servidores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp). Eles ocuparam a reitoria da universidade em 2 de novembro e foram retirados pela Polícia Militar na terça-feira (8). Depois da ação, outros estudantes aderiram ao movimento pela saída da PM da Cidade Universitária. Em assembleia geral na noite de terça, entre 2 mil e 3 mil alunos, segundo os estudantes, opinaram sobre o movimento e decidiram entrar em greve.

Quais as reivindicações dos manifestantes?

Eles querem a revogação do convênio firmado entre a USP e a Polícia Militar para fazer a segurança na Cidade Universitária e a retirada de processos administrativos e criminais movidos contra alunos e funcionários pela instituição. De acordo com os manifestantes, esses processos são políticos, impetrados pela USP para intimidar o movimento estudantil. Na assembleia de terça-feira (8) também foi decidido apoio aos 72 estudantes presos, sem que sofram retaliação.

O uso de drogas dentro da Cidade Universitária faz parte dos pedidos?

Não. Todo o movimento teve início após a apreensão, pela PM, de três estudantes que portavam maconha no dia 27 de outubro. Esse foi o estopim para denunciar o que, segundo os manifestantes, representa a truculência da Polícia Militar no campus. Primeiro, os alunos ocuparam o prédio da FFLCH. Depois, em assembleia, decidiram ir para a reitoria. O uso de drogas dentro da Cidade Universitária, na Zona Oeste de São Paulo, nunca fez parte da pauta do movimento.

Por que alguns estudantes cobrem o rosto?

Eles têm receio de que, uma vez identificados, possam ser processados pela universidade - já que uma das reivindicações é justamente a retirada de processos que, segundo os manifestantes, foram movidos com fins políticos e para coibir as vozes contrárias à reitoria.

O patrimônio da USP foi destruído?

Em 03 de novembro, a reitoria divulgou dois vídeos do momento em que os manifestantes entram no prédio ocupado. O portão de acesso e uma câmera de segurança foram danificados. Após a ação da Polícia Militar, no cumprimento da reintegração de posse determinada pela Justiça, outros danos foram verificados e atribuídos, pela PM, aos alunos, que, embora assumam ter realizado pichações na reitoria, negam qualquer outro ato de vandalismo.

A ocupação está causando transtornos na USP?

Com a reitoria ocupada, muitos serviços administrativos ficaram prejudicados. O próprio reitor, João Grandino Rodas, estava despachando de outro lugar. Mas as aulas não tinham sido interrompidas. A assembleia geral de terça-feira (8), dia da reintegração de posse pela PM, no entanto, decidiu que os alunos não assistiriam mais às aulas.

O que diz a direção da USP?

Após duas reuniões de negociação infrutíferas com os manifestantes, a Polícia Militar cumpriu a decisão judicial de reintegração de posse. A USP disse que os funcionários da reitoria, que despachavam de outros prédios espalhados pelo campus durante a ocupação, voltam a trabalhar normalmente no imóvel na quinta-feira (10). Ainda não há decisão sobre eventuais punições aos alunos.